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Público, o jornal das desgraças

NOTE: Sorry my fellow international friends for the portuguese post but it's been a while and it has to be done. I could do a whiny post about how bad is Portugal's situation at the moment but you don't care about that, I'm sure.

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Assim muito de repente, gostava de dizer que entrar no site do Público nos dias de hoje é maravilhoso. A sério, uma experiência agradável e motivante, que nos deixa bem dispostos para o resto do dia.

Ora bem então vejamos, nas manchetes de hoje temos:

- Cortes na Função Pública - novidade n.º 1;
- Sismo nas Filipinas - desgraça n.º 1 (que ninguém tem culpa e é de facto uma grande desgraça em que nada se pode fazer mas conta na mesma);
- Enfermeiros em greve por 5 dias - novidade n.º 2;
- Pais de Maddie McCann apelam por informação - desgraça n.º 2/novidade n.º 3;
- Portugal tenta nova troca de dívida com a Troika - novidade n.º 4;
- "Alguém" proíbe manifestação da CGTP na ponte - não sei se desgraça ou novidade, estou confusa!

Enfim, nem vale a pena continuar. É noticia deprimente atrás de desgraça atrás de "mais do mesmo". Haja paciência! Uma pessoa quer manter-se informada com o que se passa por aí, para não sermos uns emigrantes vegetais que nem sequer sabem que há eleições no país e tal e coiso. Mas assim é difícil! É uma repetição de todo o tamanho, mais as greves e as manifestações e os cortes salariais e os cortes sei lá onde. Larguem as tesouras, chatos!

Já sabemos que está tudo mal, que somos uns tristes, que não vamos a lado nenhum, que os políticos são uns bichos e que não temos remédio. Mas vá lá, um bocadinho de animação só assim a meio da semana para cortar a maré de negatividade? Assim uma notícia boazinha, tipo qualquer coisa assim longínqua em que tenhamos tido sucesso recentemente. Não sei, digo eu. Se calhar não há nada e eu sou uma menina inocente. Mas custa-me a crer. Não perco a esperança meus amigos! A esperança de um dia entrar no Público e ver assim uma coisa extraordinária do género "o não sei quantos empreendedor lança a sua empresa do zero" - vocês ate gostam tanto desta nova onda do empreendedorismo juvenil e tudo! Ou em vez de bater sempre na tecla dos jovens desempregados, porque não uma estatísticazinha sobre os que acabam o curso e têm logo trabalho e até não estão assim tão deprimidos e revoltados como isso? Só para não acertar no ceguinho todos os dias e fazer a vontade à malta, 'tá? Obrigaducha.

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